quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cabelos brancos mais uma vez na mídia


Olha que bacana que saiu no Jornal O Dia no mês passado. Fico feliz que o assunto tenha cada vez mais visibilidade. Quem sabe assim as pessoas possam pensar no assunto com mais naturalidade e quem tiver vontade de deixar os fios brancos aparecerem, possa vivenciar o processo de forma mais livre, sem tanta pressão social.

Cabelos brancos em alta! Cada vez mais as mulheres deixam de tingir os fios

Mulherada está assumindo o grisalho com orgulho


“A vida moderna vai muito bem com a naturalidade. É preciso ser forte. Hoje, as pessoas que me criticaram estão grisalhas também e gratas pela minha atitude”, conta Elvira Helena Martins, atriz e cantora, de 61 anos. “Uso assim há 17 anos. Naquela época, não existia quase ninguém que assumisse os cabelos brancos. Havia um conceito que ficar grisallha envelheceria”, diz. “Me sinto poderosa. Profissionalmente, só me ajudou. Ganhei papéis por conta deles”, completa.

Não é fácil ‘remar’ contra o padrão, mas vale a pena. Fazendo coro com ela, a consultora de museologia Elisa Colepicolo, de 34 anos, deixou a natureza seguir seu curso nos fios, ainda mais cedo. “Encontrei meu primeiro cabelo branco aos 16 anos, mas virou justificativa para brincar de tonalizar de vermelho ou preto”, revela.

Como a maioria das mulheres que tingem os cabelos, Elisa sentiu-se escrava da situação: “Fiquei infeliz. O cabelo parou de cachear, ficava espigado, opaco, e precisava de retoque a cada 15 dias. Comecei a me questionar por que é que eu era obrigada a fingir ter os cabelos que eu não tinha”.

Dessa inquietação, surgiu em 2014 o ‘Projeto Gris’, um blog onde ela divide e relata o processo. “Quando me perguntam por que eu parei de tingir, eu respondo: porque eu sou assim, esse é o meu cabelo”.
A cantora Suely Mesquita nunca tingiu os cabelos por conta dos brancos. “Gostava do contraste de cabelos pretos com a pele clara e tingia de preto total”. Aos 56 anos, Suely percebe a diferença na textura dos cabelos prateados, mas isso não a incomoda. “É preciso achar novos cortes, xampus. Até a relação com a cor das roupas muda”.
A hair stylist Ana Luiza Bartelega acha a decisão corajosa e um reflexo das conquistas femininas. “A mulher está confiante. O grisalho exige cuidado, mas dá menos trabalho do que voltar ao salão de 15 em 15 dias”, diz.


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